STF devia abrir os arquivos da Folha
Por Altamiro Borges
A Folha de S.Paulo não se cansa de produzir factóides contra Dilma Rousseff. Nas últimas semanas, obcecada, ela insiste em conseguir o arquivo produzido no período da ditadura militar, em parte obtido por torturadores, contra a ex-ministra. No sábado, 23, o jornal anunciou que ingressou com uma ação cautelar junto ao Supremo Tribunal Federal para que tenha acesso ao processo que levou Dilma à prisão, em 1970.
O diário da famiglia Frias já havia feito o mesmo pedido ao Supremo Tribunal Militar (STM), mas órgão suspendeu o julgamento por duas vezes. Com pressa, a Folha agora recorre ao STF. Ela está ansiosa para usar os arquivos da ditadura. Justifica sua excitação alegando que "a candidata pode ser tornar a próxima presidente" e que a abertura dos arquivos serviria "para os leitores conhecerem o passado de Dilma".
O que excita a famíglia Frias?
Como aponta Celso Marcondes, jornalista da CartaCapital, "é muita estranha esta ação do jornal. Todo Brasil já sabe que Dilma Rousseff ficou presa durante mais de dois anos nas masmorras da ditadura. Que foi barbaramente torturada e que pertencia a uma organização guerrilheira chamada VAR – Palmares... Todo mundo já sabe também o que foi a ditadura militar no Brasil. E quem defende a democracia e a liberdade deve concluir que não deve ser motivo de desonra ser integrante da lista dos que tiveram coragem de resistir a ela".
O que a Folha, então, procura tão ansiosa? Quer os depoimentos arrancados na tortura para prejudicar a candidata presidencial? Quer declarações dos milicos torturadores contra a patriota que enfrentou a ditadura? Quer estampar mais uma manchete nojenta para ser usada no programa de TV do Serra? O jornal - que qualificou a sanguinária ditadura de "ditabranda" e que publicou na capa uma falsa ficha policial de Dilma - pretende se lambuzar ainda mais no esgoto na última semana das eleições?
Abertura dos arquivos da Folha
A Folha precisa conter o seu ódio doentio. A sua ansiedade em sacanear a candidata Dilma para alavancar o demotucano Serra ainda pode lhe custar caro. No rastro da sua loucura, as organizações da sociedade civil bem que poderiam solicitar ao Supremo Tribunal Militar a imediata abertura dos arquivos da ditadura sobre a participação da famíglia Frias nos preparativos do golpe e durante o regime militar.
Para os "leitores conhecerem o passado da Folha", seria interessante saber quantas peruas a famíglia Frias cedeu para transporte dos presos políticos à tortura. Quais foram os militantes torturados e assassinados com sua ajuda. Quais as mentiras da ditadura que a Folha divulgou nas suas páginas. Quais eram as relações de "doutor" Frias com os generais golpistas e com os órgãos de repressão. Ele ajudou a financiar a Oban? Quanto doou? Como a ditadura militar retribuiu o apoio da famíglia Frias?
O rabo preso da Folha
Na Argentina, a dona do jornal Clarin é acusada de ter sequestrado dois filhos de presos políticos mortos pela ditadura. O caso é público e gera revolta na sociedade. Se os brasileiros conhecessem melhor o papel da Folha durante a ditadura talvez sua tiragem despencasse ainda mais. Os familiares dos mortos e desaparecidos poderiam entrar com ações na Justiça contra a famíglia Frias. A democracia saíria ganhando. Não seria uma simples jogada eleitoreira de quem tem o rabo preso com os opressores.
A Folha de S.Paulo não se cansa de produzir factóides contra Dilma Rousseff. Nas últimas semanas, obcecada, ela insiste em conseguir o arquivo produzido no período da ditadura militar, em parte obtido por torturadores, contra a ex-ministra. No sábado, 23, o jornal anunciou que ingressou com uma ação cautelar junto ao Supremo Tribunal Federal para que tenha acesso ao processo que levou Dilma à prisão, em 1970.
O diário da famiglia Frias já havia feito o mesmo pedido ao Supremo Tribunal Militar (STM), mas órgão suspendeu o julgamento por duas vezes. Com pressa, a Folha agora recorre ao STF. Ela está ansiosa para usar os arquivos da ditadura. Justifica sua excitação alegando que "a candidata pode ser tornar a próxima presidente" e que a abertura dos arquivos serviria "para os leitores conhecerem o passado de Dilma".
O que excita a famíglia Frias?
Como aponta Celso Marcondes, jornalista da CartaCapital, "é muita estranha esta ação do jornal. Todo Brasil já sabe que Dilma Rousseff ficou presa durante mais de dois anos nas masmorras da ditadura. Que foi barbaramente torturada e que pertencia a uma organização guerrilheira chamada VAR – Palmares... Todo mundo já sabe também o que foi a ditadura militar no Brasil. E quem defende a democracia e a liberdade deve concluir que não deve ser motivo de desonra ser integrante da lista dos que tiveram coragem de resistir a ela".
O que a Folha, então, procura tão ansiosa? Quer os depoimentos arrancados na tortura para prejudicar a candidata presidencial? Quer declarações dos milicos torturadores contra a patriota que enfrentou a ditadura? Quer estampar mais uma manchete nojenta para ser usada no programa de TV do Serra? O jornal - que qualificou a sanguinária ditadura de "ditabranda" e que publicou na capa uma falsa ficha policial de Dilma - pretende se lambuzar ainda mais no esgoto na última semana das eleições?
Abertura dos arquivos da Folha
A Folha precisa conter o seu ódio doentio. A sua ansiedade em sacanear a candidata Dilma para alavancar o demotucano Serra ainda pode lhe custar caro. No rastro da sua loucura, as organizações da sociedade civil bem que poderiam solicitar ao Supremo Tribunal Militar a imediata abertura dos arquivos da ditadura sobre a participação da famíglia Frias nos preparativos do golpe e durante o regime militar.
Para os "leitores conhecerem o passado da Folha", seria interessante saber quantas peruas a famíglia Frias cedeu para transporte dos presos políticos à tortura. Quais foram os militantes torturados e assassinados com sua ajuda. Quais as mentiras da ditadura que a Folha divulgou nas suas páginas. Quais eram as relações de "doutor" Frias com os generais golpistas e com os órgãos de repressão. Ele ajudou a financiar a Oban? Quanto doou? Como a ditadura militar retribuiu o apoio da famíglia Frias?
O rabo preso da Folha
Na Argentina, a dona do jornal Clarin é acusada de ter sequestrado dois filhos de presos políticos mortos pela ditadura. O caso é público e gera revolta na sociedade. Se os brasileiros conhecessem melhor o papel da Folha durante a ditadura talvez sua tiragem despencasse ainda mais. Os familiares dos mortos e desaparecidos poderiam entrar com ações na Justiça contra a famíglia Frias. A democracia saíria ganhando. Não seria uma simples jogada eleitoreira de quem tem o rabo preso com os opressores.
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